REVOLUÇÃO 1930
Colonizado principalmente por imigrantes italianos, alemães e portugueses, o Rio Grande do Sul é o maior e mais populoso estado da região Sul do Brasil. Além de contar com um grande parque industrial e com um dos maiores rebanhos de gado bovino do país, é um grande produtor de grãos.
Durante a República Velha as oligarquias gaúchas desempenham um papel secundário no processo político, uma vez que o poder se encontrava primordialmente nas mãos das elites paulistas e mineiras. Entretanto, em 1930, a luta por um espaço maior no cenário político nocional contribuiu para levá-las a lideras uma revolução que pôs fim aos poder das oligarquias cafeiculturas do Sudeste. Como veremos neste capítulo, a ascensão do gaúcho Getúlio Vargas à Presidência marca o início de uma nova fase na história do Brasil.
Quando os membros da Coluna Prestes ingressaram na Bolívia, o Brasil já se encontrava sob a Presidência do paulista Washington Luís (1926 – 1930). Seu governo, que vinha sendo relativamente tranquilo, sofreu um grande abalo após a queda da bolsa de Nova York, em outubro de 1929.
O Brasil entrou em uma de suas maiores crises: muitas fábricas faliram, milhares de pessoas foram demitidas. Boa parte daqueles que mantiveram seus empregos tiveram os salários reduzidos à metade. O preço da saca do café despencou de 200 mil-réis para 21 mil-réis em poucos meses, abalando toda a economia nacional. Os cafeicultores pediram a Washington Luís à concessão de novos financiamentos para que pudessem quitar seus empréstimos no exterior. O pedido foi negado, deixando os fazendeiros extremamente insatisfeitos.
Não bastassem esses problemas, as eleições presidências marcadas para março de 1930 encontravam-se tumultuadas. De acordo com a política do café-com-leite, Washington Luís deveria apoiar um mineiro para sucedê-lo, porém ele rompeu o acordo tácito existente com Minas Gerais e indicou o nome do governador de São Paulo, Júlio Prestes.
Inconformados, os líderes do