A Revolução de 1930

Os antecedentes da revolução de 30
Essa revolução é reconhecida como o fim no predomínio das oligarquias no cenário político brasileiro. A partir da década de 1920, começaram a surgir no cenário nacional alguns fatores sociais e políticos que contribuíram decisivamente para o declínio e derrocada da República Velha.

O tenentismo
Entre 1921 e 1930 surgiu o primeiro movimento político e militar que marcará presença no cenário político nacional e influenciará os rumos das decisões governamentais. O movimento tenentista, que era liderado pela jovem oficialidade do exército, surgiu como movimento de insatisfação diante dos problemas políticos, sociais e econômicos do país. Esse movimento realizou várias revoltas e rebeliões armadas com objetivo de derrubar os governos oligárquicos e assumir o poder. Criticavam o sistema eleitoral e as eleições, defendiam o voto secreto, reformas sociais e econômicas. O movimento foi portador de uma ideologia própria, bastante influente no meio militar, que propunha a ascensão dos militares ao poder na crença de que os civis eram incapazes de governar e solucionar os problemas do país. O primeiro movimento tenentista ocorreu em 5 de julho de 1922 e ficou conhecido como a Revolta do Forte de Copacabana. Mas a oficialidade rebelde foi derrotada por forças militares fieis ao governo.

Coluna Costa-Prestes
Em 1924 acontece a Revolta Tenentista de São Paulo. Mas após confrontos violentos, os revoltosos são derrotados. Os que conseguiram escapar do cerco e da perseguição se refugiaram no interior e se juntaram a outro movimento revolucionário tenentista do Rio Grande do Sul. Da união desses tenentes surge, em 1925, a Coluna Costa-Prestes. Composta por centenas de oficiais e soldados e liderada por Miguel Costa e Luiz Carlos Prestes, a Coluna percorreu cerca de 20 mil quilômetros pelo interior do território brasileiro. Após anos de marcha e muitos confrontos com as forças militares governamentais, a Coluna Prestes terminou em 1927. Os