Revoluçao 1930 cidadania no brasil
Carvalho busca mostrar a nova fase por qual passa o país, expondo a grande presença da força política popular, a qual esteve presente essencialmente entre 1930 a 1937. Os movimentos reivindicatórios ganharam apoio de vários estados e das diferentes classes sociais, formando um objetivo de conquistas em âmbito nacional, e não mais apenas regional. O sentimento de pertencer a uma pátria aflorava de novo nos brasileiros, gerado principalmente por esse envolvimento e pelo incentivo à propaganda nacionalista promovida pelo Estado Novo. (CARVALHO: 2003; p. 88 e 97)
A “Era Vargas” (1930-1945) foi sem dúvida o período que mais teve implantação dos direitos sociais, sobretudo na área trabalhista. As mais importantes atitudes tomadas pelo governo foram a criação da legislação trabalhista, da previdência social e de sindicatos. Esses direitos, no entanto, não foram estendidos a todos os cidadãos. Como bem explica José Murilo de Carvalho: “Tratava-se, portanto, de uma concepção da política social como privilégio e não como direito. Se ela fosse concebida como direito, deveria beneficiar a todos e da mesma maneira”. (CARVALHO: 2003; p. 110 a 115)
No âmbito das transformações políticas e civis, por outro lado, pouco foi o avanço. O país passou por experiências na participação popular na política, mas de uma forma ainda bem prematura. As eleições foram dotadas de maior moralidade, a partir da instituição do voto secreto e da justiça eleitoral, e tornaram-se mais amplas na medida em que se estendia o direito ao voto também às mulheres. Os direitos civis apesar de figurarem na Constituição