Existêncialismo em: A hora da Estrela
No primeiro capítulo o autor analisa o período de 1822 a 1930. O Brasil teve uma longa batalha para se libertar da escravidão, pois toda a estrutura social era escravocrata, sendo o Brasil o último país a abandonar este regime de trabalho no século XIX. Os índios também sofreram nesta busca pela cidadania, pois em pouco tempo os 4 milhões de índios que viviam por aqui na época do descobrimento, foram reduzidos em 1 milhão.
No final do século XIX apenas 16% dos brasileiros era alfabetizados, mostrando que o caminho para a cidadania ainda tinha muito o que percorrer. No período do Brasil-Colônia praticamente não havia direitos civis e políticos que pudessem dar sentido a palavra cidadania.
O Brasil teve uma passagem pacífica de colônia para Estado Independente, porque a nossa elite negociou a transição. A Inglaterra serviu de intermediário nesta negociação e o Brasil ficou com o ônus de pagar a Portugal pela sua independência. Tivemos outro diferencial dos demais países da América Latina, não fragmentou-se a colonia em vários países, mas o território ficou unido sob um mesmo brasão.
As primeiras eleições foram marcadas por fraudes e logo que chegou a guerra do Paraguai o povo sentiu que realmente eramos uma só pátria. Entre 1890 a 1930 vivemos a REPÚBLICA DOS CORONÉIS, os grandes latifundiários eram a sustentação do poder político do Brasil. Havia pouca mobilidade política porque os coronéis controlavam seus redutos. Os Direitos civis somente existiam no papel.
A libertação dos escravos foi um passo de conquista para a cidadania,