Revolu o Francesa
Ao contrário do que aconteceu no passado, o atual governo inglês não é controlado por reis e rainhas. No século XVII, a Inglaterra e a Escócia se uniram e eram governadas pela dinastia Stuart, que lutou por impor a monarquia absolutista, a religião anglicana e os impostos sobre os camponeses, pequenos e médios fazendeiros e burgueses. Esse tipo de governo passou a gerar insatisfação, sobretudo pelos privilégios que concedia à nobreza e ao alto clero anglicano.
Existia um clima de revolta, sobretudo nos membros do Parlamento inglês, que vigorava desde o século XIII, mas não era consultado pelo absolutismo dos reis da família Stuart (Jaime I, Carlos I, Carlos II e Jaime II). O parlamento inglês era dividido em duas câmaras: a dos Lordes, composta por nobres e aristocratas, e a dos Comuns, que abrigava pequenos e médios proprietários de terras e a baixa burguesia.
A câmara dos Lordes, por receber privilégios reais, apoiava as medidas adotadas pelos monarcas; já a câmara dos Comuns começou a pressionar por mudanças, sobretudo ligadas à ampliação de seus direitos de discutir os aumentos de impostos e a administração pública.
Impostos altos, medidas autoritárias, intolerância religiosa e crise econômica levaram o governo de Carlos I a uma guerra civil. A luta política desenvolveu-se então no campo religioso, e os reis manipularam a religião para aumentar seu poder. A dinastia Stuart defendia o anglicanismo, identificando-se com a aristocracia, contra a burguesia. O objetivo era justificar a origem divina do poder real. O Parlamento, dominado pela burguesia mercantil e pela gentry (médios proprietários de terra), enfrentou essa interpretação do poder real e defendeu posições ligadas ao puritanismo (forma mais radical do calvinismo), que rejeitava o anglicanismo. Por esse motivo, a revolução inglesa foi chamada também de “puritana”, sendo resultado da luta entre burguesia e realeza pelo controle político do país.
Em 1640, diante das diversas crises,