Revoltas nativistas
Movimentos que eram contra Portugal mas não propunham a emancipação da colônia de sua metrópole.
A Revolta dos Irmãos Beckman (1684), no Maranhão, foi a primeira rebelião de cunho social do país, contando com o apoio dos jesuítas conseguiu uniu brancos, escravos negros e índios contra o monopólio da Coroa lusitana na questão da Companhia de Comercio do Maranhão, que fora criada para disponibilizar mão-de-obra escrava para os colonos (500 escravos/ano), afim de que não utilizassem mão-de-obra indígena. Com o descumprimento do acordo os irmãos Manuel e Tomás Beckman lideraram a tomada dos depósitos da Companhia de Comercio e do Governo local, instituindo um governo provisório. Por fim, Tomás levou suas reclamações até Portugal, onde recebeu a promessa da abolição da Companhia e da nomeação de um novo governador para ao Maranhão, só que ele nunca retornou ao Brasil, ficando preso em Portugal e no momento da chegada do novo governador os manifestantes foram presos e o governo provisório derrubado.
A Guerra dos Emboabas (1707-1709), em Minas Gerais, foi uma sublevação envolvendo vicentinos e emboabas (estrangeiros) pela posse das jazidas de ouro da região. Os vicentinos – realizadores das bandeiras e descobridores das jazidas – sempre se opuseram à entrada de portugueses e de moradores de outras vilas na região das minas por se considerarem donos delas. Em abril de 1700 os vicentinos conseguiram uma petição junto à Câmara da vila de São Paulo que os afirmava como legítimos donos das jazidas. Essa petição criou um impasse que levou ao confronto armado e que teve como resultado a criação das capitanias de São Paulo e das Minas de Ouro.
A Guerra dos Mascates (1710-1712), ocorrida em Pernambuco, foi marcada pela rivalidade entre Olinda e Recife. Olinda era sede da Câmara Municipal e era habitada por senhores de engenho que impunham o pagamento de altos encargos aos mascates (comerciantes) do Recife. Em 1709 Recife foi elevado à categoria de