REVOLTA DO REI AMADOR

Introdução

Em 1470 e 1471 as ilhas de São Tomé e Príncipe foram achadas pelos navegadores portugueses Pêro Escobar e João de Santarém. Segundo alguns historiadores as ilhas eram desabitadas, e só posteriormente viria a ser habitada com escravos, vindo da nossa costa africana. Com a implementação da cultura de cana-de-açúcar na ilha nos princípios do século XVI, houve toda a necessidade de encontrar mão-de-obra, para trabalhar nas plantações. Assim sendo os colonizadores começaram a importar escravos vindos de Arguim, Costa da Mina Benim, Congo, Guiné Equatorial e Gabão. Perante os maus tratos, e trabalhos forçado em que os escravos eram submetidos, e também o sonho que tinham de se libertarem do jugo colonial fez gerar um clima de descontentamento por parte dos escravos. Por conseguinte os escravos descontentes promoveram um ciclo de revoltas que iniciou em 1517 com a revolta dos Lobatos, à 1595 com revolta de Rei Amador. Esta última revolta tornou-se célebre a medida em que muitos escravos foram mortos e também alguns homens brancos. Por outro lado, muitas plantações de cana-de-açúcar e engenhos foram totalmente destruídos durante a revolta. Este trabalho de investigação é composto por dois capítulos. No primeiro capítulo abordam - se questão sobre os Antecedentes da Revolta de Rei Amador, Quem foi o Rei Amador e Causas da Revolta. No segundo capítulo abordam questões sobre Início da Revolta de Rei Amador e as Consequências da Revolta de Rei Amador.

Capítulo I- Antecedentes da Revolta de Rei Amador

Com a introdução da cultura de cana-de-açúcar na ilha, houve necessidade de se importar uma grande quantidade de escravos na sua maioria proveniente de Arquim, Costa da Mina, Benim, Congo, Gabão e Guiné Equatorial.1 Os escravos eram obrigados a trabalhar em condições desumanas nas plantações de cana-de-açúcar. Os mesmos trabalhavam nas plantações e nos