Revolta de queimados
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1849 NEGROS EM BUSCA DE LIBERDADE
A Revolta de Queimados aconteceu no município da Serra em 1849. Na ocasião, segundo relatos históricos, cerca de 300 escravos – liderados por negros como Elizário, Chico Prego e João Monteiro, o João da Viúva – se rebelaram para cobrar uma suposta promessa feita pelo Frei Gregório José Maria de Bene, um italiano.
Neste período, o missionário teve a ideia de construir uma igreja na Freguesia de São José do Queimado, no entanto, para construir o templo, ele precisava do trabalho dos escravos. Foi justamente aí que Gregório prometeu a carta de alforria para os escravos.
A promessa não foi cumprida e, durante cinco dias, os revoltosos percorreram as fazendas obrigando alguns donos de escravos a conceder a alforria. O movimento foi contido pela polícia da província. Os rebelados foram presos e julgados, cinco deles sendo condenados à morte.
O líder da insurreição, Elisiário, escapou da cadeia, depois que a cela foi esquecida aberta. Os negros atribuíram o acontecimento a Nossa Senhora da Penha. Elisiário refugiou-se nas matas do Morro do Mestre Álvaro e nunca mais foi recapturado. Já Chico Prego foi capturado e enforcado em praça pública na própria Freguesia do Queimado.
A Insurreição ficou conhecida como o maior movimento em favor da liberdade e o maior símbolo da resistência do africano à escravatura registrado no Estado.
HERÓIS DA LIBERDADE
São participantes da Insurreição de Queimado, os seguintes Negros, verdadeiros heróis em busca de liberdade:
A INTELIGÊNCIA DE ELISIÁRIO
Elisiário Rangel foi o Chefe do Motim, um dos líderes da Insurreição. Escravo de Faustino Antônio Alvarenga Rangel. Destacava-se pela inteligência, já que Faustino Rangel lhe proporcionara a oportunidade de ler e aprender ofício de Carpinteiro. Estava sempre reunido com o Frei Gregório Maria Bene e dele recebia ensinamentos religiosos e ideais de liberdade, já que o Frei, Italiano de nascimento, era