Revolta de Beckman
Do fim do século XVII até o começo do século XIX, o Brasil passou por diversas revoltas que podem ser divididas, segundo suas características, em dois grupos: movimentos nativistas ou reformistas e movimentos emancipacionistas.
Até a primeira metade do século XVIII, diversos movimentos nativistas realizaram-se no Brasil. O que caracterizou esses movimentos foi a negação dos abusos portugueses sem, no entanto, contestar o domínio luso. Baseavam-se, portanto, na defesa dos interesses locais e regionais porém sem questionar o pacto colonial. Já os movimentos emancipacionistas, ocorridos da segunda metade do século XVIII ao primeiro quartel do XIX, trataram-se de revoltas contra a subordinação da colônia ao poder da Coroa portuguesa. Diante dos sinais de esgotamento do sistema colonial, estas tensões surgem lutando, principalmente, pela independência política da região que representavam.
Objetivo principal: Finalizar as atividades da Companhia de Comércio do Maranhão, para acabar com o monopólio. Como ocorreu Na noite de 24 de fevereiro de 1684, os irmãos Manuel e Tomás Beckman, dois proprietários rurais da região, com o apoio de comerciantes, invadiram e saquearam um depósito da Companhia de Comércio do Maranhão. Os revoltosos também expulsaram os jesuítas da região e tiraram do poder o governador. Reação de Portugal A corte portuguesa enviou ao Maranhão um novo governador para acabar com a revolta e colocar ordem na região.
Os revoltosos foram presos e julgados. Os irmãos Beckman e Jorge Sampaio foram condenados a forca. Conclusão A Revolta de Beckman foi mais um movimento nativista que mostra os conflitos de interesses entre os colonos e a metrópole. Foi uma revolta que mostrou os problemas de mão-de-obra e abastecimento na região do Maranhão. As ações da coroa portuguesa, que claramente favoreciam Portugal e prejudicava os interesses dos brasileiros, foram, muitas vezes, motivos de reações violentas dos colonos.