Revolta da Chibata
Eram três os comitês formados pelos marinheiros, e três foram também os adiamentos da revolta.
Primeiramente marcada para o dia 13 de novembro:
O início da revolta foi adiado para não parecer caso político, visto que Rui Barbosa e Hermes da Fonseca travavam um intenso embate pela sucessão presidencial.
A segunda data proposta era o dia 15 de novembro, mas eles também retrocedem porque muitos marinheiros estão em terra por ocasião das eleições.
E a terceira data, entre 24 e 25 de novembro em virtude do acontecimento envolvendo o marinheiro Marcelino Rodrigues. Na noite do dia 16 de novembro Marcelino sofrera a punição de 250 chibatadas por introduzir duas garrafas de cachaça no navio e por agredir o seu denunciante. Tal fato foi o estopim para o começo da Revolta.
Do navio surge a primeira mensagem: “não queremos a volta da chibata”. Caso a reivindicação não fosse atendida os revoltosos ameaçavam bombardear a cidade do Rio de Janeiro.
A legitimidade da Revolta fora logo contestada pelos políticos, que estabeleciam debates acalourados no Congresso sobre as exigências impostas pelos marinheiros. Tanto os civilistas quanto os militares se manifestaram contra o movimento dos marujos.
A grande imprensa do período privilegiavam como fonte deste acontecimento os oficiais da Marinha e representantes do governo que viam no movimento apenas um ato subversivo, que necessitava ser contido para que a ordem pudesse ser restabelecida. É esta a visão que os meios de comunicação reproduziam junto a população, que apavorada começou a deixar a cidade do Rio de Janeiro e repudiar o movimento.
Em 1910 a cidade do Rio de Janeiro era o principal centro urbano do país, com cerca de 500 mil habitantes eram também a capital política e administrativa da