Revisão superácidos
Instituto de Química
Química Inorgânica
Superácidos
Aluno: Wanderson Domingos Lopes Introdução Ácidos minerais, como ácido sulfúrico, nítrico, perclorico e fluorídrico, eram considerados, até pouco tempo atrás, os ácidos mais fortes existentes. Porém, esta visão mudou consideravelmente com a descoberta de ácidos muito mais fortes – até 1015 vezes – que o ácido sulfúrico. Apesar do termo “superácido” ter aparecidos na literatura já em 1927, apenas nos últimos 38 anos, o estudo desses superácidos se desenvolveu de forma apreciável. Trabalhos de revisão são encontrados na literatura, muitos deles tendo como autos o cientista americano, George A. Olah, que recebeu o Prêmio Nobel de Química, justamente por seus trabalhos envolvendo superácidos. Estes superácidos despertaram grande interesse em diversas áreas, particularmente em síntese orgânica, pois se tornou possível preparar carbocátions estáveis em solução, que antes só eram observados em fase gasosa. Muitas reações envolvendo hidrocarbonetos se tornaram extremamente simples com a utilização de superácidos, como por exemplo a ativação de metano, uma molécula considerada geralmente inerte, para a reação de oligocondensação eletrofílica. Definição O termo “superácido” apareceu pela primeira vez na literatura química em 1927, num artigo de Connant e Hall. Ao estudarem a atividade de íon hidrogênio em solução ácida não aquosa, notaram que ácido sulfúrico e ácido perclórico em ácido acético glacial eram capazes de protonar bases orgânicas fracas, como aldeídos e cetonas, formando-se sais, o mesmo não ocorrendo com estes ácidos em solução aquosa. Essas soluções foram chamadas de superácidas. A alta acidez foi atribuída à ionização desses ácidos em ácido acético glacial, aumentando a concentração de CH3COOH2+ , que é uma espécie menos solvatada que o íon H30+ em solução aquosa, portanto, mais