Revisão bibliográfica de kerodon rupestris

UNIVERSIDADE FEDERAL DO VALE DO SÃO FRANCISCO - UNIVASF CENTRO DE CONSERVAÇÃO E MANEJO DE FAUNA - CEMAFAUNA CAATINGA LABORATÓRIO DE CITOGENÉTICA DOCENTE: KYRIA CILENE DE ANDRADE BORTOLETI DISCENTE: GÉSSICA MIRANDA DA SILVA OLIVEIRA

REVISÃO BIBLIOGRÁFICA DE Kerodon rupestris (WIED, 1820) (RODENTIA, CAVIIDAE)

RESUMO

Também conhecido como mocó, o Kerodon rupestris, é um animal que se encontra disseminado por todos os estados do Nordeste, principalmente na caatinga do semi-árido, e ao norte do estado de Minas Gerais. É uma espécie considerada endêmica da caatinga; sendo altamente adaptada às condições regionais como o calor, a escassez de água e de alimento principalmente nos períodos de seca que são característicos desta região. Seu habitat é constituído por afloramento de rochas, onde faz morada nas locas (pequenas grutas) e sua alimentação é composta por folhas, frutos, raízes, cascas de árvores e tubérculos de arbustos de árvores da caatinga (Mendes, 1987). É bastante dócil, o que facilita a sua domesticação (Moojen, 1952). Devido ao seu tamanho e a sua carne ser muito saborosa, e a sua região estomacal ser utilizada para produção de queijo, a caça que ocorre em relação a este animal é muito intensa; fato que já o tornou suscetível a extinção (Zogno, 2002). Pode-se observar que existe um número pequeno de estudos relacionados à espécie citada e aqueles que são feitos, ressaltam mais as questões fisiológicas, morfológicas e comportamentais. Porém, estudos relacionados à genética, especialmente a citogenética que é necessária para entender a variabilidade genética e assim, compreender as relações evolutivas, são escassos.
1. INTRODUÇÃO

A caatinga é caracterizada pela presença de arbustos espinhosos e florestas sazonalmente secas, cobrindo a maior parte dos estados do Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Sergipe, Bahia e a parte nordestina de Minas Gerais. Este ecossistema é marcado por um regime de chuvas extremamente