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Fraudes eletrônicas como o phishing, que coletam dados, informações pessoais e quantias bancárias das vítimas, têm se espalhado e ganhado força ao redor do mundo. E segundo uma reportagem investigativa publicada pelo jornal português Público no último sábado (30), as redes de phishing têm contratado mulas para realizar a lavagem de dinheiro coletado através de crimes virtuais. Os cibercriminosos têm conseguido recrutar as cibermulas através de anúncios de emprego tentadores para se ganhar altas quantias em euro e, claro, ajudar o dinheiro roubado por meio do phishing a sair do país. As pessoas que respondem aos anúncios são informadas de que irão receber um depósito bancário em suas contas e que grande parte do dinheiro deverá ser transferida para outras contas em outros países - as autoridades que investigam a ação dos criminosos afirmam que os principais destinos para o dinheiro roubado são Brasil e Rússia, onde a prática do phishing tem se consolidado. As mulas também têm que ter um pré-requisito para participar do esquema: ter conta bancária ativa na mesma instituição que as vítimas. Muitas pessoas percebem que estão prestes a participar de um esquema fraudulento quando devem enviar o dinheiro para outros países e decidem fazer uma denúncia, mas a maioria que se envolve com este tipo de crime é levada pela necessidade extrema do dinheiro. Além disso, nem todas as mulas são escolhidas através de falsos anúncios de emprego e muitas até têm algum parentesco ou relação com outras pessoas que participam do esquema. Estima-se que este tipo de fraude renda aproximadamente 1,4 milhão de euros (R$ 3,6 milhões) às quadrilhas todos os anos, que utilizam diversos tipos de técnicas para capturar os dados de pessoas como a instalação de um software malicioso e até recursos de engenharia social. A polícia já identificou a forma como os cibercriminosos estão agindo em Portugal para conseguir burlar