Retórica
Natureza e função da retórica
O termo retórica há muito tem sido utilizado de forma pejorativa. Entretanto, a partir dos anos sessenta, acadêmicos têm redescoberto seu real significado. Trazendo à tona sua nobreza, hoje podemos elencar duas vertentes extremas que vislumbram a retórica sob diferentes ópticas, uma que a encara como arte da argumentação e a outra como estudo dos estilos e mais precisamente das figuras. No entanto o autor utilizará em seu livro, como parâmetro, a retórica clássica, Aristotélica.
Arte, discurso e persuasão
A retórica é a arte de persuadir pelo discurso, sendo este as produções verbais escritas ou orais, constituídas por uma frase ou seqüência de frases, que tenham começo e fim, com unidade de sentido, em suma, a retórica então pode ser entendida como tudo que visa criar persuasão. O autor faz distinção entre convencimento e persuasão, sendo o primeiro levar alguém a fazer algo sem necessariamente crer naquilo, e o segundo a acreditar em algo. Sendo assim, persuasão pode ser entendida como produção de crença. A retórica pode ser vista como uma técnica, e, dessa forma, pode ser estudada e aprendida.
Função Persuasiva, argumentação e oratória
Persuadir é a primeira função da retórica. Persuade-se por meios de ordem racionais e afetivos, sendo o artifício do primeiro os argumentos silogísticos e os que fundam-se em exemplos. Já os relacionados à afetividade são, por um lado, o etos, que é o caráter que o orador deve assumir para angariar a atenção da platéia e, por outro lado, o patos, que são as emoções do auditório, das quais o orador poderá tirar partido.
Função Hermenêutica
O discurso não é acontecimento isolado, pois aquele que busca persuadir nunca está sozinho, exprime-se sempre em concordância ou discordância com outros oradores, ou seja, para ser persuasivo o orador deve antes compreender os outros que lhe fazem face. Essa é a função hermenêutica da retórica, significando