Darcy ribeiro e o neo evolucionismo
Em seu livro O Povo Brasileiro, trabalha com três matrizes:
1º como ocorreu o surgimento do povo brasileiro;
2º tratava-se de um novo povo, que se enfrenta e se funde, o “cunhadismo” ¹ foi importante no processo de formação de nosso povo.
¹ Esse termo significa o costume indígena de oferecer uma esposa índia aos recém chegados, isso possibilitou uma relação de parentesco entre índios e portugueses, sua função foi de fazer surgir uma numerosa camada de mestiço que ocuparam efetivamente o Brasil.
Capítulo V – O Destino Nacional
Os interesses do Brasil eram voltados para o estrangeiro, e o povo mestiço e seus interesses não eram levados em conta. Para o autor, nunca houve conceito de povo, com seus direitos de trabalho, de vestir-se ou nutrir-se. Os índios e negros perderam sua identidade, tiveram que inventar uma nova etnicidade juntamente com os poucos brancos europeus. A massa de mulatos “lusitanizados” pela língua portuguesa, foram integrando-se e formando um Estado-Nação.
Com a chegada de europeus e japoneses, essa nação já se encontrava madura, por isso houve certa resistência por parte desses novos “brasileiros”.
Os árabes integram-se mais rapidamente, mas desligam-se de laços familiares e preocupam-se mais em enriquecer.
Os imigrantes pregam o fator racial como causador da pobreza de seu povo índio e africano. Acreditam que a Igreja e a língua portuguesa contribuíram para tal subdesenvolvimento. Havia a resistência de imigrantes alemães para com os índios, atribuindo a eles como empecilhos para o progresso do país, por isso deveriam ser exterminados.
Para Ribeiro, aqui nunca houve um povo livre, regendo seu destino e prosperidade. O povo rejeita à mãe índia, depois a negra, o pai colonizador oprimiu seu filho indigno de pertencer a sua humanidade.
Abordagem neo-evolucionista
Darcy Ribeiro assume essa abordagem, pois, faz estudos da formação e da evolução da sociedade brasileira. Procura