Retentores intra radiculares
Dentes tratados endodonticamente extensamente tem, como única alternativa para sua reconstrução, os retentores intra-radiculares como pinos pré fabricados ou núcleos metálicos fundidos (Marques et al 2001).
A seleção de retentores intra-radiculares é complexa. Deve-se direcionar esta escolha de modo a atingir as características ideais: ser biocompatível, ser de fácil uso, preservar a dentina radicular, evitar tensões demasiadas à raiz, prover união química com o material restaurador e/ou para preenchimento, ser resistente à corrosão, ser estético (quando houver necessidade) e possuir boa relação custo-benefício (Smith et al 1998).
Quanto aos tipos de retentores intra-radiculares temos:
1. - os núcleos metálicos fundidos, geralmente feitos de uma liga de níquel-cromo;
2. - os pinos pré-fabricados, de ligas metálicas como aço, inox e titânio;
3. - os pinos de fibra, como carbono, vidro, cerâmica, fibra de cerâmica, com resina, fibra de polietileno ou fibra de carbono com quartzo.
Os pinos pré-fabricados podem ser ainda passivos ou ativos. Os passivos podem ser lisos ou serrilhados, cônicos, paralelos ou paralelos com extremidade cônica. Os ativos podem ser rosqueáveis, cônicos ou paralelos (Marques et al 2001).
Outro aspecto importante dos retentores intra-radiculares é com relação às propriedades mecânicas e físicas dos mesmos: módulo de elasticidade, resistência flexural, rigidez, resistência a corrosão e resistência à fratura.
Retentores com alto módulo de elasticidade geram muito estresse à raiz, o que pode provocar fraturas por serem muito rígidos, como os núcleos metálicos fundidos. Os de cerâmica compostos por fibra possuem baixo módulo de elasticidade (próximo a dentina), gerando um menor estresse à raiz radicular.
Quanto à indicação dos retentores intra-radiculares citados acima, devemos analisar um fator importante: a quantidade de estrutura coronária remanescente do dente envolvido, onde se determina o tratamento a ser realizado. Por