resumos

Modelo Francês e Inglês

A partir de 1836 a história se resumia na luta entre dois partidos políticos: o conservador e o liberal. Este último comprometido com a idéia da soberania popular, enquanto que os conservadores, revigorados com a incorporação dos liberais, aperfeiçoam-se do “corcundismo”, que corresponde à obediência do trono por respeito à tradição, para encaminharem a monarquia sob a fórmula de que o rei reina, governa e administra, dentro do comando burocrático-político.
Sobre o partido liberal deixa-se claro que estará mais próximo da propriedade rural e o conservador, mais próximo do comércio e do crédito que dominam a fazenda, o engenho e o latifúndio.
Ambos os partidos de raízes econômico-sociais conseguem fixar a própria estrutura unida pelo espírito de solidariedade, capaz de permanecer nos dias de ostracismo, ou seja, de afastamento das funções políticas.
“Teoricamente eles seriam “a opinião pública militante, autenticamente colhida nas eleições, com o povo genuinamente representado” (FAORO,1996,p.342).
Porém a realidade era outra, as eleições não se resumiam na vontade do povo e os deputados nada mais eram que o resultado das combinações de cúpula tramadas nos salões dos poderosos.
“A verdade eleitoral (...), mesmo depurada com honestidade, traria à tona o próprio país, com o eleitorado obediente ao governo, qualquer que fosse este, uma vez que fosse o poder que nomeia que possui as armas e o pão” (FAORO,1996, p.343).
Segundo Faoro, Dom Pedro II, fiel aos princípios da Carta de 1824, acredita que o sistema político do Brasil está fundado na opinião nacional que, muitas vezes, não se manifesta pela opinião pública. Segundo ele cabe ao imperador, estudá-la e praticá-la, porém isso é muito difícil devido às eleições, o modo que são feitos.
Com isso o imperador se localiza entre dois rumos, governar com plenitude, admitindo o regime parlamentar nos seus pontos acessórios ou, aceitar o artificialismo do sistema. O próprio país, independente