resumos
A viagem pelo conhecimento da infância é a viagem pelas profundezas de uma nação. Isto porque árvores doentes não dão bons frutos.
Não quis produzir um trabalho pessimista que faça as pessoas perderem a confiança no próximo. Procurei mostrar avanços dentro e fora do país. Dou exemplos de planos bem-sucedidos que melhoraram a vida de milhões de pessoas.
Ao percorrer o caminho de volta — do fruto à árvore —, fui puxado por outro desafio, provocado pela minha formação jornalística: ajudar também a formar leitores.
Nem todo mundo consegue entender o que está escrito nos jornais. Sua linguagem está cheia de conceitos como inflação, estagflação, dívida social, imposto pro- gressivo, sonegação, PIB, crescimento populacional, renda per capita, CPI, Procuradoria-Geral da República, Estado de Direito Democrático, entre muitos outros. Sem entender o que significam essas palavras, impossível saber o que é cidadania.
Quando não entende o que está lendo, qualquer pessoa perde o interesse e pára de ler. Raramente os jornais falam claro e explicam as coisas como deveriam. Se isso acontecesse, mais gente leria as notícias e teria maior consciência dos seus deveres e direitos.
O principal objetivo deste livro é fazer com que você comece a entender que a situação da infância é um fiel espelho de nosso estágio de desenvolvimento econômico, político e social. E os problemas não são isolados: existe uma rede ligando o assassinato de crianças, a violência nas ruas, a crise do ensino superior e o mercado de trabalho. Esse mercado vem criando legiões de médicos, advogados, arquitetos e engenheiros frustrados porque não conseguem exercer sua profissão. Sem falar nos que exercem mas estão descontentes porque ganham pouco.
Para saber como isso tudo funciona, você precisa conhe-cer bem o significado de expressões e conceitos complcados que aparecem todos os dias nos jornais. E