Resumos
Capítulo II
A METODOLOGIA
1. Método Naturalista e método histórico
O objeto de litígio de Weber consiste na reflexão epistemológica com base na disputa metodológica relacionada com o estatuto das ciências humanas, ou seja, as ciências históricas, ciências sociais, ciências do espírito, ciências da cultura etc., que logo se converteu em uma discussão sobre a classificação das ciências.
Os partidários da autonomia das ciências humanas, como DILTHEY, acharam que o fundamento dessa classificação seria a diferença de objeto, com base na distinção entre o reino da natureza e o do espírito ou da História: a realidade dividida em setores autônomos. Outros como WINDELBAND E RICKERT, afirmam que as ciências abordam o estudo do real por caminhos diferentes, pela diversidade dos métodos, pelo conhecimento das relações gerais ou leis, ou o fenômeno em sua singularidade.
Weber não aceita as conclusões desses autores, particularmente quanto a divisão das ciências. Para ele não existe nenhuma razão em classificar a psicologia entre as ciências da natureza e não entre as da cultura. Segundo Weber qualquer ciência utiliza o saber das circunstâncias entre um e outro caminho, segundo as necessidades e a orientação das pesquisas. Para ele é falso dizer que na prática as ciências da natureza utilizam exclusivamente o processo naturalista ou generalizante, e as da cultura o processo histórico ou individualizante.
Fiel ao espírito da epistemologia kantiana, Weber nega que o conhecimento por ser uma cópia ou uma reprodução da realidade, Para ele o real é infinito e inesgotável e o problema fundamental da teoria do conhecimento é o das relações entre lei e história, entre conceito e realidade. Qualquer que seja o método adotado, este faz uma seleção na infinita diversidade da realidade empírica.
À teoria weberiana do método é uma técnica do conhecimento, comandado pela eficácia, que é a lei de toda a técnica.
Para Weber não existe método universal, como também a