Resumo
O autor cita Sócrates e seu discípulo Platão por meio da alegoria do “mito da caverna” para ilustrar como os seres humanos podem se tornar prisioneiros de seus medos e incertezas; como podem preferir viver num ambiente hostil e não se lançar ao desconhecido, que consideram mais assustador do que a realidade dura com a qual estão acostumados. Se lhes fosse permitido sair e conhecer novos horizontes eles não aceitariam e, até consideraram maluco um dos membros que ousou sair e perceber que muito mais de vida havia fora da caverna do que eles poderiam imaginar. Que aquelas condições eram sub-humanas e eles poderiam viver de forma prazerosa, porém os que estavam na caverna não acreditaram e consideraram absurdo aqueles relatos e hostilizaram aquele que antes era um parceiro.
Já o que “ousou” sair não poderia mais viver entre eles, pois não conseguiria suportar aquela prisão sabendo o que poderia desfrutar lá fora, teria que escolher entre se aventurar e aproveitar o sabor do conhecimento e a liberdade que isso o trouxe ou voltar a viver prisioneiro de seus medos e apenas sonhar com o que poderia ter vivido do lado de fora da caverna. A simbologia dessa escolha nos mostra a filosofia, que é o amor ao saber, a procura inconstante por respostas que nunca são totalmente respondidas.
De escolhas que trazem renúncias e de renúncias que trazem vitórias. A diferença entre o ilusório, as aparências e o que é real, o conhecimento da verdade. Muitos preferem viver na ignorância para não se expor a situações das quais não se acham preparados para enfrentar. Nas