RESUMO
Desde o século XVII os cemitérios têm causado preocupações em nível mundial no que se refere a contaminação do solo e do lençol freático pela circulação da água pluvial. No Brasil não existe uma legislação específica para a implantação de cemitérios. Os projetos de tais empreendimentos seguem as normas estabelecidas pela Resolução CONAMA n° 335/2003 e 338/2006, que normatizam os procedimentos para implantação e operação de cemitérios no país, com intuito de reduzir os riscos de problemas e contaminação do ambiente. No entanto, para que um empreendimento com esse potencial de contaminação não cause problemas físicos e sociais ao ambiente, é imprescindível que a equipe responsável pelo projeto execução e monitoramento conheça e respeite essas leis, como também, conheça os passivos, causas e os efeitos que o contaminante pode causar. Com base nas normas do CONAMA e a partir de uma revisão bibliográfica sobre os contaminantes e outros problemas relacionados a cemitérios, este trabalho aponta os indicadores e os procedimentos que colaboram na elaboração de EIA/RIMA para esse tipo de empreendimento. As etapas salientadas nesse trabalho discutem a definição de áreas de influência para cemitérios, métodos de avaliação de impactos e principais indicadores ambientais para cemitérios.
INTRODUÇÃO
A palavra cemitério é de origem grega “KOUMETERIAN” e significa onde eu durmo, mas com o advento do Cristianismo, o termo assumiu o sentido de local destinado ao repouso final pós-morte, com significado apenas para lugares onde acontece o enterramento dos cadáveres (cadáver – carne dada aos vermes).
Os cemitérios podem ser grande fonte de problemas sociais caso não estejam devidamente instalados e gerenciados. Assim, este ambiente deve ser devidamente projetado considerando, principalmente, a sua localização física, incluindo o tipo de solo, profundidade do lençol freático, inclinação do terreno e outros. Além dos fatores físicos, o meio social deve receber a mesma