Resumo
A preocupação com o conhecimento não é nova. Praticamente todos os povos da Antiguidade desenvolveram formas diversas de saber. Entre os egípcios a trigonometria, entre os romanos a hidráulica, entre os gregos a geometria, a mecânica, a lógica, a astronomia e a acústica, entre os indianos e muçulmanos a matemática e a astronomia, e entre todos se consolidou um conhecimento ligado à fabricação de artefatos de guerra. As imposições derivadas das necessidades práticas da existência foram sempre a força propulsora da busca destas formas de saber.
Os gregos foram os únicos que teve a preocupação mais sistemática e filosófica com as condições de formação do conhecimento. Eles desenvolveram a reflexão a intuição. A reflexão tinha a possibilidade de gerar teorias unitárias sobre a natureza e desvincular o saber racional do saber místico. A diferença entre o conhecimento prático e o conhecimento teórico é que enquanto o pratico estava ligado ao trabalho e coisas necessárias à vida o teórico estava ligado ao prazer de saber.
O primeiro filósofo a desenvolver uma teoria sobre o mundo foi o Platão. Ele utilizou a intuição como forma de pensamento superior. Para Platão, o mundo sensível está em constante mudança. O recurso metodológico e filosófico para solucionar esta dificuldade é pressupor que exista na coisa algo que permanece ou que esteja presente na sucessão do tempo: é a sua essência. Para Platão, a essência da coisa está em sua forma ou ideia. Assim, para toda coisa do mundo sensível existe uma ideia ou forma que lhe corresponde como sua essência ou natureza. As coisas sensíveis sãos como cópias imperfeitas das ideias ou formas.
Na escola platônica foi desenvolvido a dialética e mais tarde, o conhecimento aristotélico. A dialética foi importante na história do pensamento, pois foi o rompimento racional com o senso comum ou a tentativa de realizá-lo. A dialética é realizada num diálogo onde uma das artes leva a outra á