Resumo
- Desde cedo as crianças se envolvem em interações entendidas como troca de mensagens. Antes de construir uma lógica narrativa, elas constroem uma lógica na ação, por meio de estratégias não verbais. Posteriormente, elas usam explicações ou exigências de precisão para esclarecer suas construções. Com a experiência no ambiente linguístico, criam procedimento e inferenciais (se... então...), sob a forma de provocações e desafios, que oferecem ocasião para testar possibilidades, fazer verificações ou justificar ações ou pontos de vista. Com isso desenvolvem atitudes reflexivas que lhes permitem aprimorar os procedimentos da inteligência e aumentar o campo de conhecimentos. Os saberes já adquiridos consolidam-se e a curiosidade volta-se para novos saberes.
- Ao interiorizar formas de interação social já vivenciadas, o indivíduo se apropria de estratégias para memorizar, narrar, solucionar problemas, etc., criadas pelos grupos humanos com os quais ele partilha experiências. Com isso, formas concretas de organização das atividades humanas e em meio sócio-cultural especifico geram normas, regras e valores sempre potencialmente conflituosos, podendo ser confirmados, desaparecer ou diversificar-se.
- O afeto é um regulador da ação em todo esse processo, influindo na escolha ou rejeição de determinados objetivos ou situações por parte da criança. Afeto e cognição são aspectos inseparáveis.
- O bebê é um ser ativo e agente de seu próprio desenvolvimento que, já ao nascer, apresenta certa organização comportamental e algumas condições para perceber e reagir às situações, sobretudo aos parceiros diversos que formam seu meio humano. Nesse processo, não apenas a criança se modifica, mas também os adultos e demais crianças que com ela interagem têm oportunidade para se desenvolver.
- Os bebês nascem com