resumo
Autor: Cássio Miranda dos Santos
Quem ensina, ensina alguma coisa a alguém. Por isso do uso do verbo transitivo.
É desse pressuposto que o autor parte para o seu livro.
"Aquele que ensina, esmorece no fazê-lo" (Rm 12:7)
Relação importante entre aprender e ensinar. Só ensina quem aprende e continua aprendendo.
"Mestre não é quem ensina, mas quem de repente aprende." (Guimarães Rosa)
"Não se pode dizer que alguém ensinou, se ninguém aprendeu" Lauro de Oliveira Lima
A interdependência entre ensino e aprendizagem pode ser comprovada na análise dos termos hebraicos referentes a ensinar e aprender. No AT, há uma estreita relação entre os dois conceitos: “...ouvi ó Israel, os estatutos e juízos que hoje vos falo aos ouvidos para que aprendais... “, “ouve os estatutos que eu vos ensino”. As palavras hebraicas empregadas são muito semelhantes: “aprendais” aparece no texto hebraico como ûlemadetem, enquanto que “ensino” aparece como melaméd. As duas palavras têm a mesma raiz, só diferenciando-se nos prefixos e sufixos; a raiz comum, cuja transliteração é lámad, significa literalmente aprender. Contudo se alterarmos, unindo-a a um prefixo (conhecido no hebraico como piel) seu significado altera sensivelmente. O que era “aprender” passa a ser “ensinar”. Segundo a gramática hebraica, o termo piel, quando associado a uma determinada raiz, indica que a nova palavra, no caso, um verbo, está totalmente dependente da ação referida no radical. Em outras palavras, quando lanço o Piel como prefixo de um verbo, o novo verbo que surge caracteriza-se por “ocupar-se avidamente da ação indicada pela raiz”. Logo, ensinar implica empregar-se com avidez no projeto de conduzir os alunos à aprendizagem. O bom professor é aquele que ensina, que se dedica à tarefa de levar seus alunos ao aprendizado. É aquele que entende que seu sucesso depende do sucesso de seus alunos.
O autor qualifica em quatro pontos o chamado do professor a ensinar: saber, fazer,