Resumo
No inicio da Idade Média, o império Romano dividiu-se em varios reinos bárbaros. O desejo de poder, e de restauração da unidade perdida, mostrou-se na difusão do cristianismo, que passou a ser o ideal do Estado universal. Não por acaso, os intelectuais pertenciam às ordens religiosas e, as principais questões filosóficas baseando-se nas relações entre fé e razão. Porque, se a fé é o conhecimento mais elevado e o critério adequado da verdade, não cabe a filosofia buscar a verdade, mas apenas demonstrar a verdade racional. No começo a igreja tinha receio dos textos gregos, por serem obras pagãs, mas com entendimento cristão, os pensadores medievais aceitaram inicialmente ao platonismo e depois ao aristotelismo.
Estado e Igreja Diferente das concepções da Antiguidade, em que o governo era responsável pela vida boa, na Idade Média predominou a concepção negativa do Estado. Por ser natural a raça humana esta sujeita ao pecado e ao descontrole amoroso, era dever do Estado que intimidasse para que todos agissem retamente, capazes de obrigar todos a seguirem aos princípios da moral cristã. Segundo essa concepção religiosa, configuram-se duas instâncias de poder: o Estado e a Igreja.
→ A natureza do estado é temporal, voltada para as necessidades mundanas e sua atuação é feita pela força física. → A Igreja é espiritual, voltada para os interesses da salvação da alma, e deve ajudar o rebanho por meio de educação e persuasão a encontrar o caminho certo.
Agostinho, bispo de Hipona
Sobre a relação entre Estado e Igreja, debruçaram-se inicialmente os Padres da Igreja ou Patrística, da qual fizeram partes varios intelectuais católicos, tendo como destaque Agostinho (354 – 430). Na sua obra A cidade de Deus, Agostinho trata das duas cidades (de Deus e a terrestre), que para ele não devem ser entendidas simplesmente o reino de Deus que se sucede à vida terrena, mas conforme os dois planos de