Resumo
Partindo desse ponto de vista Aumont (2002) define cinco pontos considerados por ele como problemas a serem tratados e os define da seguinte maneira:
O que é ver uma imagem, o que é percebê-la, e como essa percepção se caracteriza com relação aos fenômenos perceptivos em geral?
A visão, a percepção visual, é uma atividade complexa que não se pode, na verdade, separar das grandes funções psíquicas, a inlecção, a cognição, a memória, o desejo. Assim, a investigação, iniciada “do exterior”, ao seguir a luz que penetra no olho, leva logicamente a considerar o sujeito que olha a imagem, aquele para quem ela é feita que são os chamados espectadores.
Sempre seguindo o mesmo fio imaginário, é claro que esse espectador jamais tem, com as imagens que olha, uma relação abstrata, “pura”, separada de toda realidade concreta. Ao contrario, a visão efetiva das imagens realiza-se em um contexto multiplamente determinado: contexto social, contexto institucional, contexto técnico, contexto ideológico. É o conjunto desses fatores “situacionais”, se assim pode se pode dizer, fatores que regulam a relação do espectador com a imagem, que serão chamadas de dispositivos.
Ao ter assim considerado os principais aspectos da relação entre uma imagem concreta e seu destinatário concreto, torna-se possível levar em conta o funcionamento próprio da imagem. Que relação ela estabelece com o mundo real – ou seja: como ela o representa? Quais são as formas e os meios dessa representação, como ela trata as grandes categorias de nossa concepção da realidade que são o espaço e o tempo? E também, como a imagem inscreve significações?
Enfim, não é possível falar da imagem sem fazer