resumo
Marilda Villela Iamamoto Professora da Faculdade de Serviço social da UERJ
Os espaços sócio-ocupacionais do assistente social
O texto Osespaços sócio-ocupacionais do assistente social pretende caracterizar o assistente social enquanto trabalhador assalariado e portador de um projeto profissional enraizado no processo histórico e apoiadoem valores radicalmente humanos e tratar alguns dos determinantes históricos e forças sociais que explicam as metamorfoses dos espaços ocupacionais em que inserem os assistentes sociais na atualidade.Introdução A análise dos espaços ocupacionais do assistente social – em sua expansão e metamorfoses – requer inscrevê-los na totalidade histórica considerando as formas assumidas pelo capital noprocesso de revitalização da acumulação no cenário da crise mundial. Sob a hegemonia das finanças e na busca incessante da produção de super lucros, aquelas estratégias vêm incidindo radicalmente nouniverso do trabalho e dos direitos. As medidas para superação da crise sustentam-se no aprofundamento da exploração e expropriação dos produtores diretos, com a ampliação da extração do trabalho excedentee a expansão do monopólio da propriedade territorial, comprometendo simultaneamente recursos naturais necessários à preservação da vida e os direitos sociais e humanos das maiorias. Essas estratégiasdefensivas aliadas às características históricas particulares que presidiram a revolução burguesa no Brasil (FERNANDES, 1975; IANNI, 1984, 2004) têm incidido na dinâmica das relações entre o Estado ea sociedade de classes, especialmente a partir da década de noventa do século XX, alterando a forma assumida pelo Estado e a destinação do fundo público; a tecnologia e as formas de organização daprodução de bens e serviços; o consumo e controle da força de trabalho e as expressões associativas da sociedade civil, entendida enquanto sociedade de classe.
1
A radicalização liberal