resumo
Uma Variante: A Edificação Hagio- Grafica
Na extremidade da historiografia, como sua tentação e sua traição, existe um outro discurso. Pode-se caracteriza-lo por alguns traços cuja única finalidade e situa-lo numa vizinhança, como o corpus de uma diferença . (pag. 269)
A hagiografia e um gênero literário, que, no século XII, chamava-se também de hagiologia ou hagiológica. Como o Pe. Delehaye esclareceu em 1905, numa obra que marcou época, Les legendes hagiographiques, ela privilegia os atores do sagrado (os santos) .
Um certo numero de pontos de vista são muito estreitos. A hagiografia crista (a única aqui evocada) não esta limitada a Antiguidade ou a Idade Media, mesmo que, desde o século XVII, tenha sido muito estudada sob ângulo da critica histórica e de um retorno as fontes e, desta maneira, alinhada com a lenda nos tempos de uma pre-historiografia antiga que reservava ao período moderno o privilegio da biografias cientificas .E impossível, também, não considera-la senão em função da “autenticidade” ou do “valor histórico”: isto seria submeter um gênero literário a lei de um outro – a historiografia – e desmantelar um tipo próprio de discurso para não reter dele senão aquilo que ele não e. (págs. 266/267)
I. HISTORIA E SOCIOLOGIA
Indicações para uma historia. Nascida com os calendários litúrgicos e a comemoração dos mártires nos lugares de seus túmulos, a hagiografia se interessa, durante os primeiros séculos ( de 150 a cerca de 350), menos pela existência e mais pela morte da testemunha. Segue um grande desenvolvimento da hagiografia no qual os fundadores de Ordens e os místicos ocupam um lugar crescente. Não e mais a morte, mas vida, que se considera fundada. (pag.267)
Em 1643, a publicação, em Antuerpia, do primeiro volume dos Acta sanctorum pelos jesuítas Bolland e Henskens ( o “Henschenius”) marca uma virada: o primeiro, em data, dos trabalhos que irão editar os Bollandistas ( em paticular Daniel Papebroch, o