Resumo

CAPÍTULO 3- SACILOTTO “VIDA, ARTE, EDUCAÇÃO E EXPRESSÃO”.
3.1 O artista e sua biografia

“Sacilotto, desde o início, é viga-mestra da arte concreta”. A declaração é de Waldemar Cordeiro, líder do grupo paulista de artistas concretos na década de 50 e consta do texto de apresentação da Sala Especial com que o I Salão de Arte Contemporânea de Santo André homenageou Sacilotto, em 1968.
De acordo com Cordeiro (1995) essa não é a única avaliação que posiciona Sacilotto no ápice da produção concretista brasileira. A exposição “Projeto Construtivo Brasileiro na Arte (1950-1962)”, realizada no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro e na Pinacoteca do Estado de São Paulo, em 1977, permitiu fazer uma reavaliação do concretismo brasileiro. Naquela oportunidade, Sacilotto despontou como uma de suas figuras mais sólidas.
O crítico Olívio Tavares de Araújo o destacou como “a grande revelação da mostra”. Dois anos mais tarde, a crítica Radha Abramo considerou Sacilotto “o grande astro” do “Panorama da Arte Atual Brasileira – Pintura”, que se realizava no MAM de São Paulo. Afirmou textualmente:
Diante do trabalho desse artista, as teorias e as manipulações técnicas sucumbem por completo: a ideia da criação está impressa nas três excelentes obras expostas. A sensibilidade técnica e a visão gestáltica profunda de Sacilotto compõem essas peças cinéticas, as mais extraordinárias já vistas nessa tendência artística. (ABRAMO, Radha. Crítica em Arte do “Panorama da Arte Atua Brasileira”, São Paulo, 1979.)

A grande retrospectiva de sua obra – “Sacilotto – Expressões & Concreções” – que reuniu em 1980, no Museu de Arte Moderna de São Paulo, 135 obras do artista, entre pinturas, esculturas e desenhos realizados de 1942 a 1980, consolidou o reconhecimento de sua importante contribuição à arte brasileira da segunda metade do século XX. Dois anos após, Theon Spanudis foi categórico: “Sacilotto representa o ponto mais alto do concretismo brasileiro”. Em 1995, o crítico Frederico Morais