Resumo

Spinoza

"Se a virtude (virtus) em outras épocas era vista tendo em conta os valores orientados para o bem, em Spinoza a virtude aparece como a plena conservação da existência orientada para um aumento da força de existir e do poder de agir em cada indivíduo. Como fará Nietzsche, séculos depois, Spinoza não aceita a polarização bem e mal nem, tampouco, uma ética calcada nesta escolha (livre arbítrio). Bem e mal não podem ser generalizados e quando o são, não podem pretender a verdade. Bem e mal, "não indicam nada de positivo nas coisas, consideradas em si mesmas, nem são outra coisa que modos de pensar ou razões, que formamos por compararmos as coisas umas com as outras. Na verdade, uma só e a mesma coisa pode ser ao mesmo tempo boa e má, e ainda indiferente."

Obra Ética: "voltado para a compreensão da totalidade - potência infinita que ele chama Deus - passando pelo exame do corpo e do espírito, do poder dos sentimentos e das paixões sobre os indivíduos, até o poder de triunfar da inteligência. De maneira geral, Spinoza, ao tratar do homem, enfatiza a força que as afecções (paixões) exercem na sua determinação. O esforço da sua teoria apontará os meios pelos quais o homem poderá ordenar e refreae essas paixões, como proveito para a vida. Para o filósofo, as paixões fazem do homem, boneco de cordões, puxado de um lado para o outro, sem saber ao certo a si mesmo.
Ideias inadequadas - são ideias confusas acerca das coisas, dos obejtos e de nós mesmo. Representam nossa impotência em compreender as relações das coisas e a maneira como estamos no mundo. Elas se calcam unicamente nos efeitos das coisas sobre nós.
Ideias adequadas - São mediatas, independem da emotividade e das paixões, buscam as causa primeiras e a compreensão de nossas relações e composições no mundo.
Podemos dizer que para Spinoza, uma ética só se realiza plenamente com a adequação da ideia, no que sentimos, no que pensamos e no que somos (enquanto ideia de nós mesmos).
Sendo assim, a ética