resumo
Segundo a autora, o estudo da opinião pública está entre o meio da psicologia social e a ciência política, porém utilizando-se de técnicas diferentes que não exclui a interdisciplinaridade. Definindo o que é opinião pública, do ponto de vista individual, pode ser confundida com atitude, mas no coletivo, sugere um sentimento do povo como entidade mítica. Para Tarde, a opinião pública é uma emanação. A partir daí, surge a discussão do que é ser público e sua diferença entre o público da opinião e o público que simplesmente assiste a algum acontecimento. Considerando que a opinião pública está ligada a uma atividade política, o exemplo citado é o da Polis grega, onde no ágora eram tomadas as decisões do governo ateniense, mas somente os cidadãos adultos participavam, eram excluídos as mulheres e os escravos. O mesmo ocorre com os Romanos e sua “Vox Populi”. Na idade média européia, a opinião gira em torno da fé cristã, e a oposição das idéias se dão nas heresias que são violentamente repreendidas. Com o Renascimento, e a seguir a Reforma, a diversidade de opiniões se evidencia e o poder da Igreja Católica cai demasiadamente abrindo espaço para a opinião crítica.
Com a Revolução Francesa, a opinião apenas era representada pelo grupo que estava no poder, não sendo assim as decisões tomadas pelo povo e gerando uma ambiguidade deste termo. Com a Revolução Industrial e o desenvolvimento da imprensa, as reivindicações que eram somente políticas, se integram aos problemas econômicos e sociais.
Após sucessivas revoluções e o desenvolvimento dos meios de comunicação, a opinião passa a ser uma avaliadora do governo, nos Estados Unidos, com os inquéritos, se pretende controlar de forma imediata as decisões do governo, num processo de “feedback”.
No processo histórico, a opinião é vista como uma força, que com o desenvolvimento dos meios de comunicação, ganha maior importância, mas