Resumo
Os hospitais e asilos começam a ficar lotados. Alguns se aproveitam da desgraça, e como não existe mais morte, começam a burlar as leis morais, pois a única coisa que os impediam de fazer isso, que era o medo de morrer, não existia mais. E assim se formava uma sociedade onde o pânico e o caos prosperava.
“admitiu, ainda que por palavras muito menos claras, que se se acabasse a morte não poderia haver ressurreição, e que se não houvesse ressurreição, então não teria sentido haver igreja.” (p.35).
O trecho acima resume bem uma questão discutida nessa primeira parte do livro, pois se a ressureição é exaltada o tempo todo na igreja, sem ela não teria mais sentido ter a igreja? E com isso todos se perguntavam do porquê de Deus ter escolhido os habitantes daquela população para ser imortal, e se isso era apenas um teste que um dia teria fim, ou era uma praga que iria atormentar aquele pequeno país eternamente.
Depois de muito tempo, tempo onde o caos reinava nesse país, eis que a morte retorna. Daí em diante, a morte deixa de ser o tema principal da história para ser a personagem principal. Assim começamos a perceber que, apesar da sua existência trazer muita dor, a morte é essencial.
A morte retorna como uma figura que demonstra ter muitas dúvidas, o que a torna mais “humana”. Ela começa a avisar, por meio de cartas, a morte da respectiva pessoa que irá morrer, pois assim, segunda ela, a pessoa terá a oportunidade de pedir perdão, pagar suas dividas, etc. Mas algo curioso acontece. Uma carta retorna a ela, e isso significa que tal carta não chegou ao seu destino, o que mostra que tal pessoa que