resumo
O conceito de análise funcional
Sônia Beatriz Meyer
(Universidade São Judas Tadeu)
Falar sobre Análise Funcional no contexto terapêutico, requer (a) que se reveja o próprio conceito de análise funcional, para em seguida (b) questionar sua utilidade na prática clínica, e (c) que se verifique de que forma ela tem sido conduzida pelos terapeutas comportamentais. (a) A importância de se rever o conceito de análise funcional está na comunicação entre analistas de comportamento, para que possa haver consenso entre eles no uso desta expressão.
Começando a revisão pelo próprio Skinner, referencial máximo quanto à análise experimental do comportamento ou à análise funcional do comportamento, verificou-se que ele tem poucas formulações explícitas sobre a análise funcional, especialmente em seus livros mais recentes. Em Ciência e Comportamento Humano (1974) ele escreveu o seguinte: As variáveis externas das quais o comportamento é função dão margem ao que pode ser chamado de análise causal ou funcional. Tentamos prever e controlar o comportamento de um organismo individual. Esta é a nossa "variável dependente" - o efeito para o qual procuramos a causa. Nossas "variáveis independentes" - as causas do comportamento são as condições externas das quais o comportamento é função. Relações entre as duas
- as relações de "causa e efeito" no comportamento - são as leis de uma ciência.
Sobre Compmiamento e Cognição
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No mesmo livro Skinner aborda a contingência de três termos:
Uma formulação adequada da interação entre um organismo e seu ambiente deve sempre especificar três coisas: (1) a ocasião em que a resposta ocorre, (2) a própria resposta, e (3) as consequências reforçadoras. As interrelações entre elas são as contingências de reforço.
Em outras palavras, uma contingência comportamental é definida como uma regra que especifica uma relação condicional entre uma resposta e suas consequências
(Millenson, 1967) e