Resumo
A sociologia antes vista como parte integrante de um sistema filosófico, a partir do século XIX desvincula-se de preocupações transcendentais, desta maneira autonomiza-se das ciências sociais tornando-se um saber científico, criando método e objeto própio, objetivando compreender e elucidar as profundas mudanças e suas complexidades nos processos socioeconômicos e culturais.
O idealismo oriundo do Iluminismo atinge seu ápice na Revolução Francesa e influencia expressivamente esse processo de emancipação sociológico.
A Sociologia irrompe com os antigos padrões para analisar os fenômenos de interação social pelo qual a sociedade estava passando - o chamado “Caos”.
A primeira Revolução Industrial mudou notóriamente o cenário social em função da intensificação da urbanização modificando radicalmente a estrutura da sociedade. A modernização da agricultura, a substituição da manufatura por máquinas aumentou os problemas sociais, fazendo com que muitas famílias habituadas ao meio rural e ao trabalho de forma artesanal ficassem desempregadas.
Toda essa transformação fez com que a população se deslocasse para os centros urbanos em busca de oportunidades de emprego e melhores expectativas de vida, esse êxodo tornou as cidades de infraestrutura precária superpopulosas. As taxas de mortalidade e epidemias dizimavam milhares de pessoas por conta das péssimas condições sanitárias.
Em consequência do novo sistema de produção acelerado, o trabalho imposto era desumao nas fábricas ocorria de modo desumano e estafante, o que gerava riqueza aos burgueses e miséria aos proletariados. Uma das primeiras formas de luta dos trabalhadores foi a Revolta Ludita.
Houve também mudanças na instituição familiar. A família que era o núcleo de garantia na sociedade passou a ser vista sobre um olhar mais afetivo, desta forma o interesse material e financeiro passou a ser substituido pelo amor.
No âmbito religioso, a Reforma Protestante questionou dogmas impostos