RESUMO
Deste modo, podemos afirmar que o livro é divido em duas partes, apresentando subdivisões do discurso, que se relacionam no transcorrer da obra.
Na primeira, Foucault descreve todas suas angústias e suas inquietações, tentando, assim, pronunciar seu discurso. Este ao tomar posse da palavra, não quer somente tomar a palavra, mas fazer parte dela, sem se preocupar se sua idéia está correta.
Na segunda parte, ele vai explanar sobre os conceitos que fazem alusão ao discurso e como este se torna presente na sociedade.
Em relação àquela, o autor fala sobre suas angústias e inquietações. Isto de dá porque o discurso a ser proferido por ele era indesejado, uma vez que ele queria ser apenas ouvinte. Mas, Foucault sabia que teria de realizá-lo, pois dessa forma estaria cumprindo o dever que lhe foi imputado.
Concernente a esta, o autor começa seu discurso apresentando as divisões existentes nos procedimentos exteriores e a delimitação do discurso. O primeiro deles é o processo de interdição, no qual este se impõe a má palavra, ou seja, ele fixa limites do que deve ser dito por aqueles que se apropriam do discurso. Já que: “não se pode falar de tudo em qualquer circunstância, que qualquer um, enfim, não pode falar de qualquer coisa.” Existem discursos que necessitam ser interditados para não serem proferidos em locais impróprios. Estabelecendo, do mesmo modo, um conceito de tabu do objeto, ritual da circunstância, direito privilegiado ou exclusão do sujeito que fala.
Outro princípio de exclusão existente na sociedade é a segregação ou separação. No qual, Foucault faz uma oposição entre Razão x Loucura na tentativa de explicar tal consideração.