Resumo
A psicologia ou as psicologias
Todas as pessoas utilizam-se de certo conhecimento para os desafios diários, mas a psicologia usada no dia a dia está longe de ser a que é usada nos consultórios dos psicólogos.
A ciência é baseada na realidade, na vida cotidiana, pois é no cotidiano que as coisas acontecem, é onde está a realidade. Porém a ciência afasta-se da realidade para ter uma visão mais ampla e dessa forma, estudá-la melhor.
O conhecimento que é acumulado durante a vida, ou seja, aquele passado de geração a geração, é chamado de senso comum e está disponível a todos desde o dia do nascimento. O senso comum acaba passando de hábito à tradição. É um facilitador diário, pois nos permite conhecer, mesmo que de forma genérica, as teorias usadas pelos cientistas. O senso comum mistura os saberes especializados e absorve uma parte dele. Ele se apropria da ciência.
Mesmo ajudando no dia a dia o senso comum não seria o suficiente para a evolução humana e existem outras formas de conhecimento e interpretação da realidade, para isso o homem também conta com a arte que é usada desde a Idade Média, a religião que é usada como um modelo de conduta e a filosofia que eleva o pensamento em torno da origem e evolução humana.
O conhecimento científico é aquele que supera o conhecimento do senso comum e usa um objeto específico, linguagem rigorosa, métodos e técnicas específicas, acumula o conhecimento e é objetivo.
O objeto de estudo da psicologia é o homem, o que dificulta o seu estudo, pois o homem não pode se distanciar dele mesmo e pode contaminar a sua pesquisa. E cada cientista tem uma visão diferente sobre o objeto de estudo da psicologia, variando de acordo com sua área de atuação. Então a melhor forma de definir a psicologia, segundo o autor do livro, seria a ciência que estuda os “diversos homens”. Define, então que não há como caracterizar a psicologia como ciência e que não existe uma psicologia, e sim ciência