resumo
A sociedade contemporânea, cada vez mais tecnológica, nos traz conforto e segurança, no entanto, até onde essas nossas liberdades poderão ir antes que se tornem nossa escravidão? No mundo imaginado por George Orwell, em 1984, as pessoas eram constantemente espionadas e controladas. E não haveria similitude entre esse mundo e o nosso onde, nas grandes metrópoles do planeta, as câmeras de segurança se multiplicam dia-a-dia? A distopia de Niccol se assemelha a de Orwell justamente na previsão do “mau uso” da tecnologia no futuro. Em Gattaca, o mito cientifico se torna tão presente que aqueles que são considerados geneticamente inferiores não tem chance alguma de elevarem sua condição de vida. E aí se encontra mais uma semelhança entre as tramas. E essa é mais perigosa. É o visível parentesco dessas sociedades imaginárias com o mundo que estamos construindo. Para comprovar aí já está o projeto Genoma Humano que mapeou nossos genes.
Este é um filme recheado de significados camuflados. É interessante notar, por exemplo, que as letras que compõem o nome do filme são as mesmas das bases nitrogenadas componentes do código genético. G, A, T e C. Respectivamente: Guanina, Adenina, Timina e Citosina. Outros pontos significativos se espalham pelo filme como a escada em forma de ADN. E, ao final, a seleção de astronautas de todas as raças. Acima de todos esses pequenos emblemas está levantada uma bandeira muito maior contra uma espécie de nazismo futurista e que já é muito presente entre nós.
Nessa sociedade as crianças são geradas em laboratório a partir da melhor combinação possível dos genes de seus pais, para que assim possam ser