Resumo
SCHWARCZ, Lilia Moritz (org.) História da Vida Privada no Brasil. Vol. 4. São Paulo: Companhia das Letras.
Ana Camila Moreira²
A autora aborda em seu texto os diferentes aspectos do preconceito racial no Brasil, mostrando que ao longo da história essa questão é vista com óticas diferentes, mas que causa o mesmo impacto na sociedade brasileira. Nos anos trinta a pessoa de pele escura, mestiça, tornou-se um ícone nacional, devido à representação do mestiço como uma figura vitoriosa, com isso houve uma identificação para com as pessoas, um símbolo de identidade até mesmo cultural, mas que não foi concretizado, pois a valorização do nacional, que é um conjunto de regras, não permite a valorização das populações mestiças discriminadas. Seguindo em seu relato, a autora comenta que no Brasil chegou a ser tabu discutir sobre “raça” e que pouco se falava da questão, e segue dizendo que o Brasil não possui uma política discriminatória oficial e, na ausência da mesma, muitas vezes negamos a existência do preconceito ou reconhecemos como sedo brando, chegando a crer na existência de certa harmonia racial no qual é jogado para o plano pessoal possíveis conflitos.
O racismo à la brasileira surgiu d desconstrução do significado histórico e do conceito biológico diante das implicações sociais onde de u, lado encontra-se o racismo, como de fato, um fenômeno social fundamentado ou não por conceitos biológicos. De outro, no caso brasileiro, a mestiçagem e aposta no branqueamento da população foram os principais fatores para o surgimento desse tipo de racismo.
No Brasil as teorias raciais só chegaram aqui a partir de meados do século XIX, em que a abolição da escravatura tornava-se irreversível, e com a chegada em larga escala de negros escravos em nossas terras acabou alterando as cores, os costumes e a própria sociedade local e com o fim próximo da escravidão e da própria monarquia, que a questão racial passou para a agenda do dia. As teorias raciais não