resumo
A colonização portuguesa, fundada no escravismo, deu lugar a um espaço econômico e social bipolar, englobando uma zona de produção escravista situada no litoral da América do Sul e uma zona de reprodução de escravos centrada em Angola. O que se pretende mostrar é como as duas unidas pelo oceano se completam em um só sistema de exploração colonial cuja singularidade ainda marca profundamente o Brasil Contemporâneo.
Os conquistadores ibéricos se enveredam por caminhos vários para se assegurar do controle dos nativos e do excedente econômico das conquistas, o excedente econômico ultramarino escapava à metrópole quando caía em circuitos avessos à malha portuguesa. As metrópoles reorientam as correntes ultramarinas afim de colonizar seus próprios colonos. Possuir e controlar nativos não garantia a transformação do trabalho extorquido em mercadorias agregadas aos fluxos metropolitanos, nem afiançava o surgimento de economias tributárias no ultramar. As transações oceânicas é Ascenso dos comerciantes e faziam emergir novas forças sociais nas metrópoles e nas conquistas, alterando o equilíbrio das monarquias europeias. na maior parte da América espanhola, os conflitos entre colonos e clero à Coroa, nascem da luta pelo controle dos nativos; a Coroa batia de frente com o colonato e com os jesuítas, cabia principalmente ao clero a tarefa de manter a lealdade dos povos coloniais às Coroas ibéricas. Revolvida pelo mercado Atlântico, repovoada pelo trato negreiro, a América portuguesa não viu nem de longe nem de perto, incidentes desse tipo.
O exclusivo colonial, como era chamado, só acontece de fato em 1580. O controle espanhol repousa pouco sobre o processo de produção e bastante sobre a circulação das mercadorias. Os colonos devem recorrer à Metrópole para exportar suas mercadorias, mas também para importar seus fatores de produção, isto é, os africanos.
As guerras intermetropolitanas da