resumo
Como nos ensina a História, a transformação do mundo medieval em moderno ocorreu através dos movimentos sociais ocorridos nos séculos XVII e XVIII que buscavam a criação de uma nova sociedade, mais justa e mais igualitária. Uma das principais forças que impulsionaram esta imensa mudança foi a ciência e isto só foi possível, através da liberdade de pensamento gerada por estes movimentos.
Ainda hoje encontramos alguns povos que detêm a liderança dos movimentos científicos e outros que ainda se encontram na era medieval. A ciência, como fruto da modernidade, foi resultado de processos de racionalização e secularização dos saberes e teve como cenário o mundo ocidental.
O cientificismo (ou o culto à ciência) adquiriu tanta força que algumas pessoas chegam a afirmar que quase todas as sociedades modernas consideram a ciência como a legítima possuidora da verdade e a melhor ferramenta para a construção do conhecimento.
A ciência no mundo moderno acabou por adquirir uma importância própria, tornando-se independente de outras áreas, como por exemplo, a economia, o direito ou a política.
Apesar da ciência ter assumido uma dinâmica própria, bastante afastada do cotidiano e da esfera pública (aqui entendida como um aspecto subjetivo de formação da opinião pública na sociedade civil), ela tem estado inegavelmente relacionada com a economia e com a lógica da administração burocrática.
Neste sentido, podemos perceber que a ciência possui um potencial de transformação e manipulação da sociedade como nenhuma outra forma de conhecimento jamais teve. Infelizmente, como nos ensina a história, ela nem sempre foi utilizada a favor do bem da humanidade e da paz.
Muitas vezes, as pessoas que dedicam suas vidas na busca de conhecimentos científicos acabam cedendo à tentação de colocar-se a serviço do poder e do enriquecimento. Transformaram os seus trabalhos em meros instrumentos no recheado mundo de idéias