resumo

Criação das escolas e profissionalização do serviço social

Partilhando plenamente da tese que postulava a criação de escolas de serviço Social como forma de qualificar os agentes para o exercício profissional, Mary Richimond, da sociedade de organização da caridade de Baltimore, exerceu importante papel no sentido de torná-la realidade. A força de suas argumentações levou Devine a acolher sua sugestão de organizar um curso destinado á aprendizagem da ação social ou, como o queria Richimond, á aprendizagem da aplicação cientifica da filantropia. Tal curso realizou-se em Nova Iorque em 1898. Seu desdobramento mais significativo ocorreu no ano seguinte naquele mesmo local, com a criação da primeira Escola de Filantropia Aplicada. O impulso trazido pela criação da escola foi muito importante para a sistematização do ensino do serviço Social, bem como para seu processo de profissionalização. Acolhendo a concepção dominante na sociedade burguesa de que aos problemas sociais estavam associados problemas de caráter, Richimond concebia a tarefa assistencial como eminentemente reintegradora e reformadora do caráter. Atribuía grande importante importância ao diagnóstico social como estratégica para promover tal reforma e para reintegrar o individuo na sociedade. Por outro lado, mesmo não sendo propriamente burguesa, Richimond gozava de grande prestígio na Sociedade de Organização da Caridade, alem de ter muita aceitação na burguesia, o que favorecia a penetração de suas idéias. Assim, foi com base em sua tese que a ação social filantrópica caminhou em seu processo de institucionalização tanto do ensino como da profissionalização. A complexa conjuntura histórica mundial naquele momento de viragem do século, marcada tanto por crises internas nos países quanto por conflitos políticos mais amplos, determinavam uma elevação considerável do nível de tensão da sociedade. A “questão social” encontrava-se em plena efervescência em um mundo que se preparava para as