resumo
A Psicologia Social, na década de 50, cabia dentro de duas tendências predominantes: primeiro a pragmática numa abordagem comportamental, visando prever, controlar e alterar atitudes grupais, visando a produtividade do grupo, tornando-se agentes “felizes” de produção, e segundo, a filosófica com as raízes na fenomenologia.
A Psicologia Social teve dificuldade de aceitação, tendo em vista que logo, na década seguinte, em 60, surgiram questionamentos a respeito dela não conseguir intervir, explicar ou ao menos prever os comportamentos sociais aos quais se dedicava. Os processos de tentativa de produção científica não conseguiam gerar resultados satisfatórios quando eram replicados, o que comprometia e inviabilizava suas validações.
Na mesma fase, a Psicanálise volta a campo com força e lança uma crítica à Psicologia Social, alegando que esta última seria uma ciência ideológica, defensora apenas dos interesses dominantes e produto de condições históricas específicas e critica também o positivismo por perder o ser humano em nome da objetividade.
No inicio o Brasil oscila entre as vertentes pragmática e filosófica, porém, a partir de congressos interamericanos o Brasil (e os países norte-americanos) começa a construir a sua própria vertente, com a proposta de uma psicologia social com as bases voltadas para o materialismo-histórico.
O primeiro passo para a superação da crise foi levar em consideração o que já se tinha em outras abordagens e considerar um homem bio-psico-social.
A ideologia nas ciências humanas
As diversas vertentes que as ciências humanas percorreram, do positivismo na procura da objetividade dos fatos à ideologia, como produto histórico que se cristaliza nas instituições, traz consigo uma concepção de homem necessária para reproduzir relações sociais, que por sua vez são fundamentais para a manutenção das relações de produção da vida material da sociedade como tal.
Se a psicologia apenas descrever o que é observado ou enfocar o