Resumo
Em princípio a autora se preocupa em buscar na raiz da palavra filosofia o seu significado, tendo como base o filósofo grego Pitágoras, assim, filosofia indica um estado de espírito, o da pessoa que ama, isto é, deseja o conhecimento, o estima, o procura e o respeita, tal palavra fora atribuída ao grande filósofo grego Pitágoras (que viveu no século V antes de Cristo).
O mesmo faz a afirmação de a sabedoria plena e completa pertence aos deuses, mas que os homens podem desejá-la ou amá-la, tornando-se filósofos, logo entende-se que o filósofo não é movido por interesses comerciais e não coloca o saber como propriedade sua, como uma coisa para ser comprada e vendida no mercado, como também não é movido pelo desejo de competir, não faz das ideias e dos conhecimentos uma habilidade para vencer competidores ou “atletas intelectuais”, porém é movido pelo desejo de observar, contemplar, julgar e avaliar as coisas, as ações, a vida: em suma, pelo desejo de saber. A verdade não pertence a ninguém, ela é o que buscamos e que está diante de nós para ser contemplada e vista, se tivermos olhos (do espírito) para vê-la.
Chauí entende como filosofia grega a aspiração ao conhecimento racional, lógico e sistemático da realidade natural e humana, da origem e causas do mundo e de suas transformações, da origem e causas das ações humanas e do próprio pensamento, e essa busca incansável pela racionalidade torna a filosofia um fato tipicamente grego. Entretanto ela não deixa de afirmar que os outros povos tão antigos como os gregos também são detentores de conhecimentos, os quais possuem até hoje, como também não se esqueceu de mencionar a desenvoltura destes povos acerca de questionamentos sobre o pensamento e formas de conhecimento da Natureza e dos seres humanos, pois desenvolveram e desenvolvem.
Quando se diz que a Filosofia é um fato grego, o que se quer