Resumo
Nas ultimas décadas o agronegócio do porco tem passado por um grande processo de transformação, objetivando reduzir os custos de produção, aumentar o retorno por unidade de carcaça industrializada e atender as exigências do mercado consumidor. A qualidade da carne é o resultado líquido dos efeitos e da interação a longo prazo da genética, nutrição, sanidade e do manejo e dos fatores a curto prazo como o manejo dos suínos na granja, embarque, transporte, desembarque, período de descanso no frigorífico, método de atordoamento e abate.
Para reduzir as perdas no período pré-abate que engloba os últimos dias do suíno na granja, o transporte e o descanso no abatedouro os animais destinados ao abate devem garantir que os animais estejam limpos, saudáveis, em jejum, isentos de hematomas, não estressados, aptos ao manejo, com adequado desenvolvimento muscular e sem excesso de gordura.
As perdas indiretas têm maior expressão na comercialização da carne. O efeito da carne exudativa se traduz em menor conservação pelo maior potencial de desenvolvimento de bactérias e conseqüente redução do tempo de prateleira. As perdas indiretas também se relacionam com a qualidade subjetiva que condiciona para uma menor aceitação da carne para consumo.
A carne PSE apresenta maior perda de peso e maior liberação de géis durante o cozimento, menor rendimento no presunto cozido e uma rehidratação não adequada dos produtos cárneos desidratados.
As realidades frente à freqüência de PSE em carnes suínas diferem de país a país, sendo que em alguns países se conhece e reconhece esta realidade adotando medidas para reduzir as perdas, sobretudo através de bonificação para a qualidade.
As perdas devido a mortalidade geralmente variam entre 0,1 a 0,4% e em distâncias curtas estas perdas são da ordem de 0,1% .
As perdas de peso devido ao transporte por um ou dois dias se situam entre 40 a 60 gramas