Resumo
1. As transformações das primeiras décadas do séc. XX 1.5. Portugal no primeiro pós-guerra 1.5.1. As dificuldades económicas e a instabilidade política e social. 1.5.2. A falência da 1ª República. 1.5.3. Tendências culturais: entre o naturalismo e as vanguardas. 1.5.4. O movimento modernista na arte.
- Equacionar os factores que contribuíram para o descrédito da monarquia portuguesa.
Entre as principais causas de crise da monarquia, contam-se: 1. A crise do rotativismo partidário - o modelo político de alternância, no poder, entre dois partidos (Progressista e Regenerador) que caracterizara a estabilidade da segunda metade do século XIX, encontrava-se esgotado, pois os políticos não haviam conseguido resolver os principais problemas do país. Nos finais do século XIX, a incapacidade do rei em pôr cobro às querelas políticas constituiu um dos factores da descrença dos cidadãos no sistema monárquico. 2. A «questão do Ultimato inglês» - em tempos de nacionalismo imperialista, opuseram-se dois projectos de ocupação em África: o inglês, que pretendia unir os territórios numa faixa de Norte a Sul, ligando o Cairo ao Cabo, e o "Mapa cor-de-rosa" português, proposta da Sociedade de Geografia de Lisboa (1881) de ocupar os territórios entre as colónias portuguesas de Angola e Moçambique. A Inglaterra dirigiu um Ultimatum (última ordem) a Portugal em 1890, no sentido de impor, se necessário, pela força, as ambições inglesas. O governo português cedeu. A questão do Ultimato foi considerada um insulto ao orgulho nacional e contribuiu para criar, entre a opinião pública, a ideia de que a monarquia era incapaz de defender os Interesses do país. Deste Incidente nasceu "A Portuguesa", actual hino nacional que então exortava os portugueses a marchar "contra os Bretões"! 3. A crise económica - a década de 1880-1890 foi marcada por uma crise económica aguda. No final do século XIX, apesar do fomento industrial baseado no proteccionismo económico,