Resumo

478 palavras 2 páginas
“A criança que nasce e se cria na favela conhece do mesmo jeito que a criança de classe média (ou alta)? (ou inverter as classes.) A criança do meio rural aprende do mesmo jeito que a criança do meio urbano? Explique!”. Temos de um lado, teorias que afirmam que a criança vítima da pobreza e, a fortiore, da miséria, é afetada na sua capacidade de aprendizagem: a marginalização socioeconômica, especificamente a desnutrição, provocaria na criança prejuízos ou déficits comprometendo sua situação na psicogênese das funções cognitivas. De outro lado, temos teorias que afirmam que a pobreza e mesmo a miséria, especificamente a desnutrição, não causam prejuízos na psicogênese das funções cognitivas da criança; esta conservaria intacta sua capacidade de aprender, pois sua interação com a subcultura na qual está imersa garantiria a evolução normal de suas funções cognitivas. Vejamos as respostas dos docentes às perguntas da pesquisa. A professora universitária de historia, ensinando para alunos de classe média, predominantemente média baixa, afirma que: “A criança conhece do mesmo jeito, mas coisas diferentes. O processo é o mesmo”. A professora de educação física de primeiro grau, de colégio de periferia, afirma: A criança da favela não se alimenta como a criança de classe média, ou de classe alta, acho que desde aí já começa a diferença entre um e outro.” Não se pode afirmar que estes depoimentos erram no diagnostico cognitivo de crianças originárias de diferentes contextos socioeconômicos. O que acontece é a falta quase total de uma visão geral do problema. Se os pais de uma criança são inteligentes, ela também será? Se os pais são débeis mentais, que comportamento manifestará a criança? Por quê? Visa essa parte da pesquisa melhor clarear as relações entre hereditariedade e meio, nos depoimentos dos docentes, como fatores determinantes da psicogênese. O professor de educação física, 34, diz: “ Não necessariamente, mas acho que estimula uma pessoa inteligente que vai ter

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