Resumo ÉTICA A NICÔMACO capitulo 4,5 e 6
Assim como já discutido anteriormente, sobre receber e dar riquezas existe um meio termo, um excesso e uma deficiência isso também ocorrerá na esfera da honra, onde ela pode ser desejada mais ou menos do que convém, ou da maneira e das fontes que convém.
Censura-se portanto tanto o homem ambicioso por querer mais honra do que lhe é devido e por fontes indébitas tanto o homem que não quer ser honrado mesmo que por motivos nobres. Ainda assim, muitas das vezes, louvamos o ambicioso por seu jeito varonil e o desambicioso por ser moderado e auto-suficiente.
Como não existe palavra para designar o meio-termo, os extremos parecem disputar o seu lugar como se estivesse vago por abandono. Mas onde há excesso e falta, há também um meio termo. Sendo assim a disposição de caráter que se louva no tocante à honra é um meio-termo que não possui nome.
Em confronto com a ambição parece ser a desambição, e vice-versa; e, o confronto com as duas conjuntamente, parece, em certo sentido, ser ambas. Isso também acontece com as outras virtudes, pois os exemplos se apresentam como contraditórios porque o meio-termo não recebeu nome.
Capítulo 5
A calma é um meio-termo com respeito à coléra. Uma vez que não há nomes nem para a posição intermediária e nem para os extremos, colocamos a calma nessa posição, mesmo que ela se incline para a deficiência, que também não possui nome.
O excesso da cólera pode ser tido como uma espécie de ‘irascibilidade’, pois que a a paixão é a cólera.
Louvável é homem que encoleriza justificadamente com coisas ou pessoas, de forma adequada na ocasião e tempo devido. Então esse será o homem calmo, já que a calma é louvável. Será um homem que não se deixa perturbar e nem é guiado pela paixão, mas ira-se da maneira, com as coisas e durante o tempo que for apropriado.
Entretanto, ele pode pecar no sentido da deficiência, uma vez que o homem calmo não é vingativo, mas inclina-se a relevar faltas. E seja a deficiência uma espécie de ‘pacatez’