Resumo, O Sagrado, o Estado e o Luxo
É errado dizer que os homens antes do neolítico eram destinados a uma condição de miséria, presos ao medo de morrer de fome e de frio, usando todo seu tempo em busca de comida. Já existia o luxo naquela época, o luxo de se enfeitar de fazerem festas etc...
Esses homens viviam uma espécie de abundância material, de comer bastante em festas de aproveitar o tempo livre, exibindo uma atitude deliberada com o amanha, eles festejam e consomem de uma só vez tudo o que tem em mãos. Era considerado luxo ignorar a racionalidade econômica vivendo no dia a dia a vontade.
O luxo não começou com a fabricação de bens de preços elevados mas com o espírito de consumo. O luxo era a troca cerimonial, esse espírito de generosidade caracterizava a forma primitiva do luxo. Nada é mais desonroso que não dar prova de generosidade.
Todos os acontecimentos da vida social era marcado por trocas de presentes, distribuição de bens etc...
‘’A troca de presentes produz abundancia de riquezas’’ Mauss. Se os homens são obrigados a dar e a dissipar suas riquezas nas festas é para que a ordem do mundo tal como foi criada na origem se regenere, e também para assegurar uma relação de aliança entre vivos e mortos, os homens e os deuses.
Esplendores e Hierarquia
Quando se impôs a separação entre senhores e súditos, nobres e plebeus, ricos e humildes, o luxo não mais coincidiu exclusivamente com os fenômenos de circulação, distribuição, desentesouramento das riquezas, mas com novas lógicas de acumulação, centralização e hierarquização.
Luxo Sagrado e Luxo profano
No universo paleolítico, a relação dos homens com o sobrenatural é estruturada pelas lógicas de aliança e de reciprocidade, os espíritos estão presentes em todas as coisas, e os ritos visam propiciar a colaboração deles. Na mesopotâmia, os deuses são assimilados a ‘’senhores e amos’’ que intervêm nos negócios do mundo como os reis em seu reino.
Do mesmo modo que os súditos estão na terra para