Resumo O lugar do sentimento na análise do comportamento
Talvez seja por conta dos behavioristas metodológicos terem uma preocupação excessiva com a objetividade, argumentando que só é ciência o que é passível de ser observado publicamente e, como os sentimentos existem em um mundo privado não se qualifica como ciência. Por exemplo: quando o falante diz que a cadeira é verde o ouvinte pode questionar porque ele também pode ter contato com a cadeira, mas quando o falante diz que está se sentindo triste o ouvinte apenas vai ouvir o que o falante diz porem não tem como ver, afinal sentimento só pode ser dito por quem sente.
O behaviorismo radical tem um posicionamento diferente. Entende o sentimento como uma condição corporal. O objeto de estudo não é o sentimento, mas a contingência, que é a interação do organismo, comportamento com o ambiente. Assim entende que o que é sentido não é uma causa inicial, como disse William James. Pois, não choramos porque estamos tristes, ou sentimos tristeza porque choramos. Choramos e sentimos tristeza porque alguma coisa aconteceu.
É comum confundir o que sentimos atribuindo-o como causa, porque nós sentimos enquanto estamos nos comportando ou mesmo antes de nos comportarmos, mas os eventos responsáveis pelo que fazemos, e, portanto pelo que sentimos, é a causa inicial do comportamento.
Assim, sentimento e pensamento não controlam o comportamento, podendo ou não caminhar juntos. Pensamento, comportamento e sentimento são produtos da contingência. Para compreender os sentimentos é preciso investigar os ambientes no passado e presente. Seguem-se três exemplos.
Amor
Para os comportamentalistas a palavra amor está ligada ao reforço de comportamento, porque é o comportamento, não a pessoa que se comporta, que é reforçado, no sentido de ser fortalecido.