Resumo O Homem que sabia javanês
Castelo vivia viajando e realizando maracutaias aqui e acolá, pois sempre tinha que se mudar das pensões por falta de pagamentos.
Odiava trabalhos regulares e com horários monótonos e, por isso, observava observar as oportunidades com cuidado para, de forma inescrupulosa e fraudulenta, conseguir alguma vantagem.
Castelo conhece o Barão de Jacuecanga que estava interessado em aprender javanês por questões familiares, não tendo real interesse na língua, e se passa por um legítimo professor de javanês. O Barão, acreditando em todas as suas mentiras, ajuda a construir perante a sociedade a imagem de Castelo como um sábio intelectual professor de javanês.
Além da malandragem e esperteza, Castelo conta com a sorte para não ser desmascarado. Ele é enviado para um congresso em Paris, mas por engano é enviado para a seção de tupi-guarani e fica livre de provar seus conhecimentos em javanês. Quando iria servir de intérprete a um marinheiro javanês é salvo na última hora por um cônsul impaciente.
Castelo passa a ser considerado em alta pela sociedade e pelo Barão que, ingenuamente, dá a ele uma parte de sua herança.
O homem que sabia javanês
Lima Barreto
Em uma confeitaria, certa vez, ao meu amigo Castro contava eu as partidas que havia pregado às convicções e às respeitabilidades, para poder viver. Houve mesmo uma dada ocasião, quando estive em Manaus, em que fui obrigado a esconder a minha qualidade de bacharel, para mais confiança obter dos clientes, que afluíam ao meu escritório de feiticeiro e adivinho. Contava eu isso.
O meu amigo ouvia-me calado, embevecido, gostando daquele meu Gil Blas vivido, até que, em uma pausa da conversa, ao esgotarmos os copos, observou a esmo:
— Tens levado uma vida bem engraçada, Castelo!
— Só assim se pode viver... Isto de uma ocupação única: sair de casa a certas horas,